terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O amigo secreto

"Bom...

Todo ano é mesma coisa: tiro o amigo secreto e fico pensando no que falar para essa pessoa. Mas esse ano foi diferente.. Eu ficava pensando apenas se eu ia conseguir falar!

Isso pq meu amigo secreto, realmente é meu amigo. É uma pessoa que consegue ser mais do que especial pra mim, mesmo sem fazer força nenhuma.

Ele é meu grande companheiro.

Companheiro de momentos difíceis - foram muitas as vezes que ele me socorreu a noite no quarto e que me levou pro medico de madrugada. Ele nem deve se lembrar da vez que ele quebrou a perna no clube e eu não o ajudei. Mas eu lembro. E por isso, aqui vai as minhas desculpas.

Ele é companheiro de trabalho. Entrou como meu estagiario e logo virou meu chefe. Me mostrou que a frase "o aluno supera o mestre" realmente existe.

Ele é companheiro de futebol - uma coisa que pra mim era inacreditavel. Derepente ele largou o basquete, que era sua paixao, e passou a me acompanhar em qualquer quadra. Até mesmo no campeonato do clube, que fomos campeoes.

É um companheiro sem limites. Um coração bom, que faz o bem sem olhar a quem. Tb não sei se lembra do videogame que me ajudou a comprar, falando que era pra gente. Mas vc nunca usou. Vc comprou pra mim. E por isso aqui vai meus agradecimentos.

É um companheiro protetor, que deixava o carro para os irmaos pra ir de onibus pra qualquer lugar que fosse.

Companheiro salvador - tipo um power ranger. Aquele que salva o indefeso das brigas na escola, nas provas da faculdade, nos textos dificeis de escrever, nas encrencas do trabalho e ate mesmo nas confusoes de namoro.

Companheiro de todas a horas, todos os lugares.

Só não é mais companheiro de quarto por dois motivos: primeiro pq roncava demais e segundo pq a Lud tirou ele de lá pra que juntos me dessem a maior das minhas alegrias: meu afilhado!

O meu amigo secreto é bem mais do que um amigo. Um super amigo. O melhor amigo. Pra mim é quase um super homem, só que não usa a cueca pra cima da calça.

Por essas e outras que posso falar que meu amigo secreto é meu idolo! É meu amigo de fé, meu irmão camarada... Amigo de tantos caminhos, de tantas jornadas... "


Modelo, nunca tive presente melhor do que esse discurso seu! Agora, com a cara inchada e o ego inflado eu vou flutuando, espalhando sorrisos por ai...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Penso ainda em uma resposta para o post abaixo, mas ele necessariamente requer uma maior dedicação de minha parte, portanto por hoje só tenho a dizer, que "o mundo anda tão complicado" !


"Vamos chamar nossos amigos
A gente faz uma feijoada
Esquece um pouco do trabalho
E fica de bate-papo
Temos a semana inteira pela frente
Você me conta como foi seu dia
E a gente diz um pro outro:
- Estou com sono, vamos dormir!
Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver
O mundo anda tão complicado
Que hoje eu quero fazer tudo por você
Quero ouvir uma canção de amor
Que fale da minha situação
De quem deixou a segurança de seu mundo
Por amor..."
Aquele abraço!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O cara que mora no espelho

O cara vem aqui e diz que se contenta com pouco. Tá bom! É fácil dizer isto quando se tem mais do que se precisa, quando se tem mais do que se quer, quando nada falta. Mas enquanto ele enaltece esse pensamento quase minimalista, sua face exibe sua contradição. Se a satisfação vem com pouco e o que se tem é além, porque sua felicidade não é plena?

Ele se formou em uma universidade conceituada, fez mestrado em uma renomada escola francesa, tem um emprego invejável, uma condição financeira satisfatória, está casado com uma pessoa admirável, tem um filho fantástico, casa e carro próprios, vive cercado de bons amigos, viajou o Brasil e o mundo... Ele conseguiu tudo o que ele quis, mas confessa abestalhado que está decepcionado. Foi tão fácil conseguir e agora ele se pergunta: e daí?

Sim, ele agora ele anda recitando versos de ouro de tolo. E ao mesmo tempo, com medo de perder o que se tem, fecha a mão pro que há de vir. Uatafóque! Quem entende esse cara?

Não dá pra consentir com suas contradições. Como pode alguém conceber conflitos tão impetuosos e pungentes? Por que se martirizar desta forma? Por que se importar tanto com as conseqüências? Ou com as opiniões alheias? Fitando profundamente aqueles occhi che si stanno scoprendo, percebo que estas perguntas ficam sem resposta.

Eu só não quebro o espelho e faço dele mil pedaços porque hoje ele está irresistível.


Trilha sonora: Seria o Rolex? – Móveis Coloniais de Acaju

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Hipocrisia x Sexualidade

O último post é uma resposta ao texto de uma amiga que diz que um homem ruim de cama é importante na vida sexual de uma mulher. Eu discordo. Mas isso não vem ao caso. Retomo o assunto pois basta falar de sexo para que o indicador de censura seja ativado.

Escrevi um texto sobre sexo sem usar uma vez se quer a palavra sexo. Tratei o assunto sem qualquer vulgaridade, sem ser pejorativo e sem levar para a banalização. E, apesar disto, o comentário que aparece é “?”. Tenha dó!

Antes de nascer a pessoa já tem um direcionamento sexual e já começam surgir pretendentes. Nem é preciso ir para escolinha para que os pais já arrumem os primeiros namoradinhos e se encarreguem dos inocentes primeiros beijos. Quando os hormônios começam se manifestar, os pais passam para o outro lado da mesa e começam com o discurso do pudor, da responsabilidade, dos valores morais. Mas ai é tarde...

É tarde porque a pessoa já está inserida no mundo, onde tudo é mais explicito. O horário nobre da televisão traz na pauta a primeira vez, a homossexualidade, o hedonismo. As músicas puxam para o lado vulgar, que leva a danças sensuais. A internet além de permitir o acesso mais fácil a tudo isto, ainda facilita os encontros e as baladas. O mundo seduz e espera um tropeço para poder julgar.

A sociedade é hipócrita! O inconsciente coletivo julga e condena todos os frutos da libido. Os mais desinibidos são alvos dos mais diversos preconceitos. E os mais tímidos sofrem na tentativa de sublimar o conflito entre o desejo natural e a imposição moral. Não se pode falar, não se pode fazer. É a lei geral. Mas tudo isso vai abaixo quando é carnaval, tudo perde validade entre quatro paredes.

Esse puritanismo tem origem na religião que rotula o sexo de pecado da carne. Pra mim, essa condenação ao sexo é apenas um artifício para doutrinação pela da fé. Isto porque pessoas sem desejos questionam menos e são mais susceptíveis à manipulação. Afinal não tem outra explicação para chamar de transgressão o ápice da intimidade, do amor.

Eu só não sei o que é pior: se é gostar e não assumir ao mundo, vivendo num conflito interno, ou se é não ter provado e assumir uma satisfação pela castidade, enquanto no fundo da alma fica amargurado o desejo e a curiosidade.

Acho que foi-se o tempo de horrorizar. Como todo preconceito, não é preciso concordar, mas vale aceitar e não julgar.


Trilha sonora: A maçã – Raul Seixas

domingo, 18 de dezembro de 2011

Ruins de cama

Todos nós já fomos ruins de cama. Nem que tenha sido apenas na primeira vez.

Mesmo que seja com o grande amor da sua vida, mesmo que o lugar seja mágico, que o cenário seja a luz do luar, tudo regado a um bom vinho e na vitrola sua musica predileta, a primeira vez é sempre estranha.

É estranho como assistir um filme depois que se leu o livro. Você cria toda a fantasia na cabeça e aquilo vira verdade. Quando se vê as imagens do diretor, nada é igual a sua imaginação e assim a verdade torna-se mentira e vem a decepção.

Quando se trata da primeira vez, sempre se cria tamanha expectativa que é impossível alcançá-la. E somado ao fato de que não se sabe, ou ao menos não se tem certeza do que fazer, a descoberta traz certo desconforto.

A prática, no entanto, vai levando a diferentes caminhos, trazendo novas sensações, expondo prazeres desconhecidos. E nesse caminho vale experimentar, vale ser sincero e dizer o que gosta, vale ser curioso e buscar o que o outro gosta. E nessa viagem é preciso estar com uma pessoa que compartilhe gostos e pensamentos, sem vergonha e sem pudores.

Uma pessoa não nasce boa de cama, ela aprende. E como é uma questão de aprendizado, um caminho errado pode não ter retorno. É mais fácil ensinar uma pessoa que não sabe nada do que tentar corrigir aquele que aprendeu errado.

E como todo aprendizado, o tempo é crucial. Quanto mais jovem, melhor e mais fácil a assimilação. Não se pode perder tempo com o que não acrescenta. O tempo perdido não volta. O tempo não aceita desaforo.

Não se pode culpar uma pessoa ruim de cama. Às vezes ela apenas deu azar de pegar o caminho errado ou deu azar de ter trilhado o caminho certo com a pessoa errada. Nem por isso dá pra ser complacente e fingir que valeu a pena. Uma pessoa ruim da cama só vale a pena se rolar disposição pra passar um tempo junto e paciência pra poder ensinar.

Doidinha, como te falei, eu definitivamente tô fora! Antes a seca do que uma noite ruim.


Trilha sonora: Kamasutra – Erasmo Carlos

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Da Vitória

Da conquista!

Da satisfação!

Da certeza do concluído!

Do momento da descoberta!

Da alegria do sonho realizado!

Do fim de uma etapa!

Do início de um novo caminho!

Do ciclo completo!

"Você não sabe o tanto que eu caminhei,
  Pra chegar até aqui..."

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dessa vez

Dessa vez eu vou tentar dizer a verdade
não foi fácil enganar a minha vontade
fiquei molhado pela chuva do seu não
que me pegou de surpresa no portão

Foi difícil ser ator, com essa idade
não foi fácil de enganar a minha vontade
mas o tempo que eu levei pra te dizer
me trouxe aqui mas fez eu te perder

Eu não vou tentar te buscar
mas não vou correr de você

(Transmissor)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Da perda

Rodou na internet um tempo atrás o texto brincadeira de estagiário. É um caso que conta de um estagiário que faz um jogo da mega sena com os números sorteados no dia anterior e coloca junto dos bilhetes apostados pela turma do escritório. Quando começam a conferir, não prestam atenção na data e todos que participaram do bolão acham que ficaram milionários. Na certeza que não precisam mais do emprego, os apostadores fazem as coisas mais incertas. No meio do fuzuê, descobrem que tudo não passa de uma pegadinha e o resultado: várias demissões por justa causa, incluindo a do estagiário.

No momento que a realidade se destorce, as vaidades esparsas se reintegram e formam sonhos possíveis. Passa-se a acreditar que tudo pode ser diferente, que a mudança trará melhoras e que o improvável não é impossível. O futuro começa a ser desenhado de forma planejada, com traços precisos e, ao mesmo tempo, delicados.

As fantasias são criadas no gosto peculiar. Os devaneios trazem sensações fortes e reais de expectativa, alegria, esperança. O tempo pára e o mundo se revela como o país das maravilhas. Roga-se para que tudo permaneça intacto, mas a perfeição é frágil e qualquer deslize pode fazer desabar.

Quando a ilusão é quebrada e se percebe que a vida real não mudou de canal, a frustração vem à tona. Angústia, raiva e punição tomam lugar da satisfação, mas de forma mais intensa, dolorosa, demasiadamente dolorosa. É o sentimento de perda.

A utópica contradição nasce no momento em que nada se explica e tudo se sente. Então perde-se o que não se tem. E no peito fica a saudade daquilo que nunca se viveu.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Da descoberta

Mais uma vez o How I Met Your Mother (s07e12) nos dá uma lição de vida. Aqui está o vídeo para vocês aprenderem como se portar em momentos de descoberta.

O diálogo está traduzido logo abaixo.



Barney: O que aconteceu? Eu desmaiei?

Robin: Não exatamente...

Eu estou grávida.

Barney: Você tem certeza de que não está apenas engordando?

Ah sim, então você está grávida. Parece que ninguém contou para os seus seios.

Barney: O que aconteceu? Eu desmaiei? Pare de bater em mim! Você tem certeza que está...

Robin: Bem, não! Não exatamente. Eu estou uma semana “atrasada”, mas eu nunca fico atrasada, é uma questão de orgulho para mim. Eu vou ao médico segunda-feira para saber com certeza. Até lá, não diga nenhuma palavra para ninguém.

Barney: Nem para o Kevin? Quer dizer, provavelmente o filho é dele. Eu passei anos treinando meus “garotos” a nadar para o outro lado!

Robin: Kevin e eu não fizemos sexo ainda. Se eu estou grávida, você é o pai.

Barney: Isso é maravilhoso!

Robin: Ahn?

Barney: Eu serei papai!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Do atraso

A torcida cruzeirense passou uma semana preocupada, vislumbrando as conseqüências de um possível rebaixamento, já imaginando toda a gozação atleticana e as formas para se esquivar dela. Mas também, bem fundo, ainda mantinha um frágil fio de esperança na vitória que manteria o time na primeira divisão.

Alguns vinham com o discurso de que o rebaixamento era certo. Falavam que não havia forma de reverter a situação uma vez que o Bahia torcia pelo fortalecimento do futebol nordestino e já que clássico é clássico e vice-versa. O típico discurso pessimista que visa minimizar o impacto das conseqüências.

Outros vinham com peito cheio, bradando aos quatro ventos que não haveria rebaixamento. Que ganhar do Atlético seria muito fácil e que mesmo que não fosse o caso, os outros times estavam muito piores. O típico discurso otimista que tenta ofuscar aquela insegurança no fundo da alma.

Angustia! Os cruzeirenses estavam perdidos, preocupados, desorientados...

É, caros colegas, vocês apenas descobriram o que é um atraso de menstruação!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Fim de noite, fim do mundo, lá no fundo do conhaque

Jantar de fim de ano, se interpretar ao pé da letra, e eu entendo assim, significaria uma refeição às vésperas do final do ano. Quase uma ceia de natal. Mas não era o caso. Era apenas mais uma celebração pelo bom ano que passou. Mas por que ate aqui o improvável insiste em acontecer?

Eu vestia terno, cheirava Armani Code, portava gel no cabelo e uma barba pra lá de descolada. Eu estava irresistível. Mas meu objetivo era profissional. Não bastava me esbaldar nas melhores bebidas, não bastava me satisfazer com os pratos mais saborosos, não bastava me deliciar nos doces mais incríveis... Eu estava a trabalho. Valia conhecer pessoas, fazer amizades e, quem sabe, criar parcerias.

Um cover tocava Lulu Santos no fundo, enquanto elegante e sorridente eu escutava conversas do passado. Então veio o garçom e disse: "isso e pra você". Era um guardanapo com um nome, um numero e um MSN. Tudo parou. Eu fitei cada rosto do salão, procurei em cada olhar o brilho daquele numero, procurei em cada boca o sorriso daquele MSN. Cadê você?

Eu realmente não tinha idéia de como seria você, mas a noite toda te imaginei do mesmo jeito. E imaginei você me levando embora dali, a chuva caindo, você encostando numa esquina e o mundo todo passando ali por nos. Mas o tempo ficaria parado lá. Nada de despedida, nada de beijo, nada de ate logo, nada de adeus. Tudo ficaria daquele jeito. Assim é bem melhor.

A noite passou entre lagostas e camarões, entre amigos, colegas e parceiros, entre 12anos, chardonay e água mineral, e eu não vi você. É meia noite e eu já não sei mais onde te procurar. Por que se esconder assim? Mas sem resposta, é fim de noite, fim do mundo, lá no fundo do conhaque. Eu fico sozinho, mas não fico em paz. A bebida minha eterna companheira.

Devo sonhar com você agora. Mas vou te imaginar como eu quero, como te imaginei a noite toda. Quem sabe eu possa te encontrar mais uma vez. Pela primeira vez.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Título pra que, se estou de férias?

Sintomas de uma Parabólica em férias:

- Guarda Roupa arrumado.

- Cama estendida.

- Desbloqueio de senha depois de errá-la mais de 80 vezes!

- Só faltou mesmo, o show do Pouca Vogal no sábado!